quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Vão surgindo as análises à declaração


Algumas debatidas ponto a ponto. Qalquer pessoa minimamente inteligente consegue detectar as várias incoerências no discurso do Presidente.

Mais uma análise no blog Câmara Corporativa.

"Segunda ambiguidade: afinal o Palácio de Belém suspeita ou não de estar a ser escutado/vigiado? É que, até aqui, Cavaco tinha dado a entender não haver fundamento nessas notícias. Aqui, porém, tenta legitimar as referidas suspeitas e justificar que são perfeitamente normais e não têm mal nenhum (como se o facto de se suspeitar em Belém de escutas por parte do Governo pudesse ser a coisa mais natural do mundo).

Cavaco faz aqui uma coisa gravíssima: alimenta novamente a questão das escutas. Por um lado, distancia-se das suspeitas; por outro lado, procura justificá-las. Isto não é aceitável. Isto não é a postura de um Chefe de Estado responsável.

Das duas uma: ou há fundamento credível para as suspeitas e, nesse caso, Cavaco tem de agir em conformidade com a gravidade do assunto, mandando investigar e levando a investigação às últimas consequências (mas convém é fazê-lo logo e não 18 meses depois…); ou não há fundamento credível para as suspeitas e, nesse caso, Cavaco não pode achar normal que assessores de Belém alimentem essas suspeições.

Cavaco tem de ser coerente, não pode andar aos ziguezagues num assunto desta gravidade."

Sem comentários:

Enviar um comentário