quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Conclusões e recomendações OCDE


Por mais que os professores não o considerem essencial, proceder à sua avaliação
é um passo necessário.

Eu tive bons e maus professores nos meus longos tempos de escola. Eu até era uma aluna que gostava de estudar e de aprender e estava motivada o suficiente para minorar essa parte de "mau professor". No entanto, afecta e muito os alunos ter um mau professor especialmente em áreas mais "complicadas". Tenho casos conhecidos que simplesmente desligaram da escola porque havia "aquele" professor que lhes fazia marcação cerrada e ainda os fazia sentir como "burros". Não é assim que se combatem os elevados níveis de desistência da escola.

Adorei Físico-Química, e Química mais tarde, em grande parte influenciada por professores motivadores. Detestava História porque, além de não ter grande apetência para a matéria, as professoras que tive se limitavam a debitar o que estava escrito no livro. Outras vezes, os alunos liam à vez partes dos textos. Isto era enfadonho, desinteressante, vulgo uma seca!

Não digo que gostava desta ou doutra matéria apenas devido aos professores mas eles são uma peça fundamental na motivação dos alunos. Entendo que muitos se sintam desmotivados, tamanha é a falta de educação nas escolas actualmente. Mas tudo isso é preciso mudar. E a mudança faz-se com a participação de todos.



"O
relatório da OCDE sobre avaliação de professores em Portugal contém 24 recomendações/conclusões.


1. O modelo actual de avaliação de professores em Portugal tem sido polémico, mas é necessário;
2. Uma série de factores explica a resistência à sua concretização;
3. Uma avaliação de professores com consequências é crucial para a melhoria da educação;
4. O actual modelo de avaliação de professores é uma boa base para futuros desenvolvimentos;
5. Articular a melhoria da qualidade com a responsabilização e contextualizar a avaliação de professores feita ao nível da escola;
6. Reforçar a avaliação dos professores para o desenvolvimento profissional;
7. Simplificar o modelo actual e utilizá-lo predominantemente para a progressão na carreira;
8. Articular a avaliação para o desenvolvimento profissional e a avaliação para a progressão na carreira;
9. Garantir uma articulação adequada entre a avaliação das escolas e a avaliação dos professores;
10. Reavaliar padrões de desempenho profissional e definir um modelo partilhado de boas práticas;
11. Desenvolver critérios nacionais comuns, adaptados ao contexto das escolas;
12. Diferenciar os critérios de acordo com o patamar da carreira e o tipo de ensino;
13. Identificar os instrumentos para avaliar os aspectos-chave da função docente;
14. Basear a avaliação em três instrumentos centrais: observação de aulas, auto-avaliação e porta-fólio do docente;
15. Formar e capacitar as lideranças escolares para assumir a responsabilidade pela avaliação dos professores;
16. A avaliação de professores é parte de um processo mais abrangente de transformação de cada escola numa comunidade profissional de aprendizagem;
17. Reformular e aprofundar a formação em avaliação;
18. Acreditar avaliadores externos para a avaliação para a progressão na carreira;
19. Estabelecer um modelo criterioso para atribuição de prémios de desempenho e considerar outras formas de reconhecimento do mérito;
20. Manter o sistema de quotas até que o nível de maturidade do sistema as torne desnecessárias;
21. Atribuir um papel proeminente à inspecção;
22. Reforçar o papel do Conselho Científico para a Avaliação de Professores na condução do desenvolvimento da avaliação de professores;
23. Para uma reforma bem-sucedida, é necessário o envolvimento e a motivação dos professores;

Manter o processo de avaliação docente durante a fase de transição para um modelo mais robusto."

Sem comentários:

Enviar um comentário