"Foi a PSP que procurou 'escutas' em Belém
por VALENTINA MARCELINO Hoje
A PSP executa regularmente despistagens de 'escutas' nas comunicações da Presidência da República. A última foi em Janeiro último e em 2008 foram quatro. Nada terá sido detectado. Oficialmente, a direcção nacional desta força de segurança não comenta o caso. Em Julho, Cavaco Silva atribuiu uma medalha ao director da PSP, Oliveira Pereira.
Foi com surpresa que altos responsáveis da PSP leram as notícias, publicadas nos últimos dias, entretanto desmentidas, sobre a eventual 'limpeza electrónica' solicitada às 'secretas' militares pela Presidência da República (PR). Isto porque a PSP tem a competência exclusiva da segurança pessoal de Cavaco Silva e, nesse âmbito, tem obrigação de garantir que as comunicações de Belém são seguras.
Segundo fontes da PSP ligadas a esta matéria, as designadas 'equipas de segurança das comunicações' , fizeram uma despistagem em Janeiro passado e não encontraram nenhum equipamento. Estas 'limpezas' são feitas regularmente, pelo menos, uma vez por ano, embora as mesmas fonte avançassem que em 2008 - ano em que foram avançadas as suspeitas ao jornal 'Público ' - foram feitas, por rotina, quatro avaliações de segurança das comunicações da PR. De acordo com as mesmas fontes nunca houve da parte de Cavaco nenhum pedido de auditoria de segurança extraordinário.
O DN pediu à PSP esclarecimentos oficiais e a confirmação destas informações transmitidas, sob anonimato, por elementos credenciados da polícia, mas a resposta foi curta: "sobre essa matéria não há comentários". Também foi contactada a PR, mas, até à hora de fecho desta edição, nenhuma reacção chegou.
É pública, porém, a confiança que Cavaco Silva deposita no trabalho desenvolvido por esta polícia e, em particular, pelo seu Director Nacional, superintendente-chefe Francisco Oliveira Pereira. No 142.º aniversário da PSP, no passado dia três de Julho, recebeu do chefe de Estado a medalha de ouro por "Serviços Distintos.
Oliveira Pereira foi, aliás, em 1994, adjunto do gabinete de Cavaco Silva, quando este foi primeiro-ministro, e ocupou o cargo de seu oficial de segurança, o que implica uma enorme confiança quer profissional, quer pessoal.
As equipas de segurança de comunicações da PSP estão enquadradas do Departamento de Informações Policiais desta força se segurança. Entre outras, o DIP tem competência para "promover estudos e auditorias de segurança", "realizar avaliações de segurança pessoais ou institucionais" e, mais importante ainda, "realizar as adequadas averiguações de segurança em caso de quebra ou comprometimento de segurança da informação". Para esta tarefas são utilizadas as equipas de 'limpeza' electrónica'.
Além do PR, a PSP efectua estas despistagens nos gabinetes de todos em todos órgãos de soberania o solicitem.É rotina em S.Bento e passou também a ser nos gabinetes de alguns magistrados, para cuja segurança PSP criou a Célula de Análise e Avaliação de Risco, em cujas atribuições está também garantir a segurança das comunicações dos tribunais.
No sábado, o Correio da Manhã noticiou que Cavaco Silva tinha pedido às 'secretas' militares que procurassem material electrónico de escutas em Belém. O Estado-Maior-General das Forças Armadas negou. Fontes da PSP consideram "praticamente impossível" que outras equipas, que não as da PSP, possam fazer este trabalho. "É a PSP que faz o controlo de acessos na PR e só a PSP faz e fez este tipo de detecção de 'escutas', asseguram.
por VALENTINA MARCELINO Hoje
A PSP executa regularmente despistagens de 'escutas' nas comunicações da Presidência da República. A última foi em Janeiro último e em 2008 foram quatro. Nada terá sido detectado. Oficialmente, a direcção nacional desta força de segurança não comenta o caso. Em Julho, Cavaco Silva atribuiu uma medalha ao director da PSP, Oliveira Pereira.
Foi com surpresa que altos responsáveis da PSP leram as notícias, publicadas nos últimos dias, entretanto desmentidas, sobre a eventual 'limpeza electrónica' solicitada às 'secretas' militares pela Presidência da República (PR). Isto porque a PSP tem a competência exclusiva da segurança pessoal de Cavaco Silva e, nesse âmbito, tem obrigação de garantir que as comunicações de Belém são seguras.
Segundo fontes da PSP ligadas a esta matéria, as designadas 'equipas de segurança das comunicações' , fizeram uma despistagem em Janeiro passado e não encontraram nenhum equipamento. Estas 'limpezas' são feitas regularmente, pelo menos, uma vez por ano, embora as mesmas fonte avançassem que em 2008 - ano em que foram avançadas as suspeitas ao jornal 'Público ' - foram feitas, por rotina, quatro avaliações de segurança das comunicações da PR. De acordo com as mesmas fontes nunca houve da parte de Cavaco nenhum pedido de auditoria de segurança extraordinário.
O DN pediu à PSP esclarecimentos oficiais e a confirmação destas informações transmitidas, sob anonimato, por elementos credenciados da polícia, mas a resposta foi curta: "sobre essa matéria não há comentários". Também foi contactada a PR, mas, até à hora de fecho desta edição, nenhuma reacção chegou.
É pública, porém, a confiança que Cavaco Silva deposita no trabalho desenvolvido por esta polícia e, em particular, pelo seu Director Nacional, superintendente-chefe Francisco Oliveira Pereira. No 142.º aniversário da PSP, no passado dia três de Julho, recebeu do chefe de Estado a medalha de ouro por "Serviços Distintos.
Oliveira Pereira foi, aliás, em 1994, adjunto do gabinete de Cavaco Silva, quando este foi primeiro-ministro, e ocupou o cargo de seu oficial de segurança, o que implica uma enorme confiança quer profissional, quer pessoal.
As equipas de segurança de comunicações da PSP estão enquadradas do Departamento de Informações Policiais desta força se segurança. Entre outras, o DIP tem competência para "promover estudos e auditorias de segurança", "realizar avaliações de segurança pessoais ou institucionais" e, mais importante ainda, "realizar as adequadas averiguações de segurança em caso de quebra ou comprometimento de segurança da informação". Para esta tarefas são utilizadas as equipas de 'limpeza' electrónica'.
Além do PR, a PSP efectua estas despistagens nos gabinetes de todos em todos órgãos de soberania o solicitem.É rotina em S.Bento e passou também a ser nos gabinetes de alguns magistrados, para cuja segurança PSP criou a Célula de Análise e Avaliação de Risco, em cujas atribuições está também garantir a segurança das comunicações dos tribunais.
No sábado, o Correio da Manhã noticiou que Cavaco Silva tinha pedido às 'secretas' militares que procurassem material electrónico de escutas em Belém. O Estado-Maior-General das Forças Armadas negou. Fontes da PSP consideram "praticamente impossível" que outras equipas, que não as da PSP, possam fazer este trabalho. "É a PSP que faz o controlo de acessos na PR e só a PSP faz e fez este tipo de detecção de 'escutas', asseguram.
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