Sem a menor dúvida uma leitura muito "interessante".
Transcrevo para aqui parte da análise da actuação de Paulo Portas enquanto Ministro da Defesa:
"1.
Entre escolher aviões de nova geração produzidos na Europa, optou-se por ir fazer um favor aos nossos aliados norte americanos comprando o equivalente americano ao A-400. Pelo meio das negociatas vieram mais 12 caças de combate F-16 em segunda mão - preço unitário, se bem me recordo, 20 milhões de dólares para dotar a força aérea portuguesa de uma dupla esquadrilha. Saber se existia dinheiro e pilotos em número suficiente para os aviões não se soube, apenas se comprou. Daí os rumores de “comissões” pagas por fora. O governo PS devolveu à procedência vários do aparelhos logo a seguir a ter tomado posse.
2.
Com os submarinos existia um problema semelhante. Era necessário substituir a actual força submarina, que já estava a chegar aos 50 anos de serviço ( o tempo útil apontado é de 40 anos). A escolha oscilava entre o Scorpene francês e o novo modelo alemão. A compra inicial previa 3 unidades. Porquê 3?
Porque para os submarinos serem eficazes em combate tem que treinar aos pares. Como existem folgas de tripulação, descanso do material, manutenção, conclui-se que enquanto dois estão em treinos, o terceiro está ou em manutenção ou em folga. E rodam entre si os 3 barcos/tripulação.
Com o magnífico negócio Portas, 30 a 40% do tempo não é aproveitado porque é necessário por tripulações e barcos a descansar e fazer operações de manutenção. Falta o 3º barco para dar plena efectividade à flotilha.
Após a compra o senhor Portas vangloriou-se que “poupou 100 milhões de euros e além disso comprou em Leasing”.
3.
Os voos da CIA que nunca passaram por Portugal, mas afinal passaram. O nosso “aliado” pediu (deu uma ordem) e passaram. Agora cobre-se a história. Ela começou com o senhor Portas à frente do ministério da defesa.
4.
Ferro Rodrigues/Paulo Pedroso: foram as “orientações emanadas” daqueles lados que levaram as investigações e o lançamento de lama para cima da então direcção do PS em 2003. Isto, independentemente, obviamente de o Senhor Pedroso ser ou não ser culpado. O assunto, como percebemos, não está resolvido mais de 4 anos após ter começado.
5.
A fortuita passagem pela esquadra de Bairro deriva de uma história que se conta em Blogs, mas não só. Parece que às 4 horas da madrugada de um determinado dia, o senhor Portas andava pelo parque Eduardo sétimo em Lisboa, conhecida zona de prostituição masculina no engate, com uma cabeleireira loura enfiada na cabeça. Daí a alcunha de “Catherine Deneuve”.
Foi detido pela polícia por comportamentos impróprios e levado para uma esquadra. Lá dentro, ao que se conta, telefonou para o seu grande amigo Jorge Coelho - membro do PS. Este apareceu, quando era ministro num governo Guterres e safou o senhor Portas da situação.
6.
O caso Portucale - empreendimento agro-turístico em Benavente feito pela empresa Portucale, ao que me lembro, pertencente ao Banco Espírito Santo. Construção a ser feita em área protegida para a qual surgiram uns convenientes despachos a reformular a lei que impedia essa mesma construção. Pelo meio abateram-se imediatamente 1000 sobreiros classificados como sendo protegidos. O caso está actualmente em investigação. Lá para 2050 sairá a conclusão.
7.
No caso Moderna e na empresa de sondagens que liderava e que deu depois o resultado na Universidade que deu, Portas conseguiu o milagre de não ser constituido como arguido. Porquê? Pergunte-se ao juiz que analisou o caso. Critique-se e exija-se o fim do principio da inamovibilidade dos juízes e do principio da irresponsabilidade dos Juízes pelas decisões que tomam.
8.
Ao sair do governo, e ao que julgo ter lido, Portas mandou fotocopiar 60 mil documentos do ministério para sair de lá com as cópias. Numa empresa privada ou pública isto é crime, excepto se for Portas a fazer tal.
Citação parcial, Blog Macroscópio 23 Julho de 2003
Doravante, os problemas recomeçam com base nesta investigação que remonta ao passado recente - em que o dito PPortas teve responsabilidades no ministério da Defesa - que hoje diz processar por causa das fugas de informação, pasme-se, sobretudo vindo isto de quem vem, o campeão dessas mesmas fugas de informação em Portugal e até fautor e dinamizador de um jornalismo político verdadeiro assassino de personalidades então ligadas ao cavaquismo - quando aquele era director do Indy - entretanto extinto por rejeição do mercado.
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