quinta-feira, 16 de abril de 2009

Em busca da felicidade


Descubra aqui os países onde as pessoas são mais felizes

Foto: LUSA/EPA

Hana R. Alberts
29 de Abril de 2008

"Reunindo tudo numa escala de 1 a 10, que pontuação daria ao seu nível de felicidade?" Com esta questão em mente e um inquérito global, o pessoal da World Database of Happiness classificaram 95 nações numa escala de felicidade.

Os cidadãos da Suíça seguem de perto os dinamarqueses, ambos com uma média de felicidade de 8.1 (em 10), seguidos pela Islândia (7.8), Finlândia (7.7), Austrália (7.7) e Suécia (7.7), até à Moldávia (3.5).


Embora a Holanda se classifique apenas na 15ª posição da lista dos países mais felizes do mundo, a sua capital industrial, Roterdão, alberga a base de dados, na Universidade Erasmus. O seu reitor, Ruut Veenhoven, dedicou a sua vida a investigar quais as nações que acolhem os cidadãos mais felizes.

A investigação de Veenhoven mostra que as nações escandinavas aparecem no topo, integrando cinco das treze nações mais felizes. A Dinamarca lidera a lista no geral – os seus cidadãos classificam a sua felicidade com um valor de 8.2 numa escala de 10 pontos.

Inspirado pelas classificações de Veenhoven, o antigo correspondente estrangeiro da National Public Radio (e auto-denominado mal disposto), Eric Weiner, embarcou numa missão para visitar os locais mais felizes na Terra. No seu livro The Geography of Bliss: One Grump's Search for the Happiest Places in the World, Weiner mergulha no tecido cultural dos países mais felizes do mundo para identificar exactamente porquê os residentes de alguns países, como a Islândia e a Suíça, estão tão satisfeitos com as suas vidas.

Os suíços – descobriu Weiner – são eficientes e pontuais, comparativamente ricos e lidam mal com o desemprego. As ruas, o ar e a água da torneira são impecavelmente limpos e o chocolate é uma obsessão nacional. Mas Weiner não viu qualquer alegria nos seus rostos e chegou à conclusão que é melhor viver neste meio termo do que vacilar entre momentos de deslumbre de felicidade e horas de doloroso desespero. A felicidade dos suíços, nas suas palavras "é mais que um mero contentamento, mas menos que a alegria total."

Uma vez que se trata de um país escuro e frio, de início, Weiner sentiu-se céptico quanto à classificação da Islândia como a quarta nação mais feliz do mundo. Apercebeu-se que o pequeno país é quase como uma família; curiosamente, os especialistas em Genética descobriram que todos os cidadãos da Islândia têm algum grau de parentesco entre si.

Algumas expressões do idioma nacional são ainda mais reveladoras, escreve Weiner. Quando as pessoas se saúdam entre si, a expressão que utilizam traduz-se vagamente por "chega feliz" e quando se despedem, utilizam o equivalente a "vai feliz". O país é o cenário de eleição para os artistas e cultiva o espírito criativo; o governo apoia os artistas com subsídios generosos.

Para conseguir um contraste gritante com a Islândia e a Suíça, Weiner visitou a Moldávia. Os cidadãos desta antiga república soviética, segundo os números da base de dados, classificam o seu nível de felicidade com um valor de 3.5. O país, situado entre a Roménia e a Ucrânia, tem sido relativamente próspero, mas desde a Queda do Muro de Berlim, o rendimento per capita caiu para apenas 560 Euros por ano.

Mas não é só o dinheiro. A Nigéria e o Bangladeche são mais pobres e mais felizes – argumenta Weiner – mas a Moldávia compara-se à Itália e à Alemanha. O país também carece de uma cultura própria e de qualquer nuance de orgulho nacional.. Os oficiais do Governo até falam Russo – a língua dos seus antigos opressores durante grande parte do século passado.

Então e em que posição estão os Estados Unidos neste quadro? "Na América, a felicidade está à mão de quem a quiser", escreve Weiner. "Basta ter força de vontade e dinheiro suficiente para encontrá-la." No entanto, o factor surpreendente, é que a América não é tão feliz – com uma pontuação de 7.3 e em 17º lugar na base de dados – quanto é rica.

Os residentes dos Estados Unidos são três vezes mais ricos do que eram em 1950, mas as classificações de felicidades não mudaram na última década. Depois do 11 de Setembro, os investigadores não registaram um decréscimo significativo nos níveis de felicidade medidos.

"Os americanos trabalham mais horas e viajam distâncias maiores para irem trabalhar do que praticamente qualquer outro povo no mundo”, escreve Weiner, mas "mantêm-se profundamente optimistas." Dois terços dos americanos dizem ter esperança no futuro.

Podemos prever a felicidade com base na “personalidade” colectiva de um país? Nem por isso. Até agora, os dados revelaram que residentes mais felizes não correspondem a uma média de rendimentos, tipo de governo –democracia contra ditadura—ou até um clima quente.

A acompanhar a Moldávia no fundo da lista de classificações de felicidade estão as antigas repúblicas soviéticas da Bielorússia, Ucrânia e Uzbequistão, juntamente com as problemáticas nações africanas da Tanzânia, Ruanda e Zimbabué. Por conseguinte, embora a riqueza não traga felicidade, a pobreza extrema parece produzir exactamente o oposto.

Mas, é reconfortante, saber que a maior parte das pessoas no mundo estão satisfeitas com as suas vidas. "Praticamente todos os países no mundo conseguiram uma pontuação entre cinco e oito numa escada de 10 pontos”, aponta Weiner. "Existem algumas excepções." Embora os escandinavos tenham uma vida bastante boa, o resto dos países não está muito atrás. E isso é algo que nos traz felicidade."


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