sexta-feira, 3 de julho de 2009

Quem não se sente, não é filho de boa gente...


Não gosto muito de ditados mas depois de ler sobre esta notícia e me inteirar em maior pormenor sobre o que se passou, ou seja, sem recorrer apenas a telejornal que se limitam a noticiar o escândalo, penso que este ditado se enquadra perfeitamente na situação.


Ele diz que não é político profissional mas eu digo que tomara a nós termos mais políticos como ele.

Que apresentam trabalho, que não se vêm glorificar por coisas que não fizeram nem trabalho que não mostraram. Que se sente obviamente ofendido e injustiçado com calúnias de alguém que nem deve saber o que para lá anda a fazer. Independentemente da validade daquele gesto. É verdade que não o devia ter feito e sofreu com isso. Mas parece-me de todo injusto que saia assim manchado tendo em conta o que fez em praticamente quatro anos de mandato. E que meios de comunicação continuem a explorar o escândalo só porque sim.

Como disse o meu amor: "Saem os que trabalham e ficam os que não prestam."

O que dizer de Fátimas Felgueiras e Valentins Loureiro e outros que tais!? Foram afastados? Qual quê!... Na política e na justiça em Portugal é assim... E assim andamos... À deriva...


"Polémica leva à saída de Manuel Pinho do Governo

Pinho explica gesto: «Senti-me ofendido»

2009/07/02 22:47 Redacção / JF

Ministro da Economia demitiu-se após ter feito simulado uns chifres apontados ao PCPDois dedos na cabeça, a simular chifres, apontados ao deputado do PCP, Bernardino Soares, ditaram a saída do ministro da Economia do Governo socialista.

«Sem desculpa», mas tentando justificar o porquê do gesto que José Sócrates considerou «injustificável», Manuel Pinho disse esta quinta-feira à noite na SIC Notícias que foi atingido na sua «honra».

Foram as «graçolas» de Bernardino Soares sobre o trabalho do seu ministério nas minas de Aljustrel que levaram Pinho a perder a compostura. «Há situação difíceis de reagir quando as pessoas se sentem profundamente atingidas na sua honra», explicou, em entrevista à SIC Notícias.

Questionado sobre o que o levou a reagir com aquele gesto, Pinho afirma que «o deputado do PCP estava a fazer umas graçolas e a dizer que não era verdade que se tivessem criado postos de trabalho em Aljustrel».

E as bocas caíram fundo, explica. «Quando se passam noites sem dormir para salvar postos de trabalho e se ouvem graçolas, é difícil de reagir». «Não tive uma boa reacção», admite, porque «fiquei muito ferido e ofendido».

Pinho explica que havia 100 trabalhadores nas minas, em Dezembro, e agora há 230. E é isso que «o PCP não desculpa: é o sucesso que o Governo teve numa região que considera sua, salvando postos de trabalho».

Aliás são os postos de trabalho resgatados que o ministro demissionário «guarda» na saída do Governo, recordando ainda o trabalho na fábrica Bordalo Pinho, onde ainda ontem lanchou com os trabalhadores.

Questionado sobre se foi pressionado a apresentar a demissão, Pinho garante que apenas falou com ele próprio e com a sua mulher, que ficou «satisfeita» com a decisão.

A pergunta relaciona-se com a primeira reacção que o ministro teve, ainda no Parlamento, quando respondeu aos jornalistas que tinha condições para continuar no Governo.
Mas pouco depois foi noticiado que tinha pedido a demissão e que o primeiro-ministro aceitou.

«Não havia qualquer hipótese de ficar», garante, frisando que não é um político profissional, nem fazia planos para ter uma carreira política, e que hoje em dia é «muito difícil» estar na vida pública. "

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