"Fraude fiscal é um dos crimes em investigação
Milhões de euros sem origem conhecida justificam buscas a Valentim Loureiro
18.06.2009 - 07h28 Mariana Oliveira, António Arnaldo Mesquita
Conhecer a origem de vários milhões de euros detectados em paraísos fiscais é o objectivo da investigação do Departamento de Investigação e Acção Penal do Porto, que ontem teve perto de duas dezenas de inspectores da PJ a fazer buscas na Câmara de Gondomar.
Fraude fiscal, branqueamento de capitais e corrupção são os crimes em investigação.
Os agentes estiveram no gabinete do presidente da autarquia, Valentim Loureiro, como o próprio confirmou, na sala do vice-presidente, José Luís Oliveira, e na da vereadora dos recursos humanos, Germana Rocha. Quem também foi alvo de buscas da PJ foi o advogado Ramos Neves, actual presidente da Assembleia Municipal de Gondomar, que foi o único a ser constituído arguido.
Os polícias estiveram igualmente em casa de dois filhos de Valentim Loureiro (Nuno e Jorge Loureiro), tendo visitado também algumas das empresas da família. "Ninguém vai vencer o Valentim Loureiro nem os milhares de gondomarenses que o têm acompanhado", afirmou ontem o autarca numa conferência de imprensa na câmara.
Muitos dos visados pelas buscas estão acusados num outro processo conhecido como Quinta do Ambrósio, que já valeu a Valentim e a José Luís Oliveira acusações de burla qualificada. Neste momento o caso está em fase de instrução, faltando ao juiz decidir se há indícios suficientes para levar os arguidos a julgamento.
Em causa está um prédio que viu o seu valor quadruplicar de 1,075 milhões de euros para quatro milhões de euros, em menos de um ano depois, após ver alterada a sua capacidade construtiva.
Segundo a acusação, em 6 de Junho de 2000, o terreno só dava para lá "pastarem carneirinhos e apenas valia 1,5 milhões de euros". Estava integrado na linha do aeroporto de Pedras Rubras e incluído na reserva agrícola nacional. Em 6 de Dezembro de 2001, a quinta seria comprada pela Sociedade de Transportes Colectivos do Porto por quatro milhões de euros. O dinheiro foi depositado nas ilhas Caimão e foi detectado pouco depois de José Luís Oliveira ter sido detido em Abril de 2004, na sequência da operação Apito Dourado. Vendo a polícia entrar em casa, o vice-presidente da autarquia apressou-se a rasgar uma série de papéis que tinha consigo e a deitá-los pela sanita a baixo. A PJ apercebe-se e conseguiu recuperar alguns. Eram extractos de contas no BPN Caimão, em nome de um amigo seu e do sobrinho do major. Fio a fio desvendou-se a Quinta do Ambrósio. Outras pontas ficaram por desfiar. Por isso, o procurador Carlos Teixeira, que investigou o Apito Dourado e depois a Quinta do Ambrósio, extraiu uma certidão para apurar outros casos de fraude fiscal e branqueamento. Junta-se agora tudo numa mesma investigação."
Já agora... sigam o link e vejam os comentários à notícia. Pelo vistos a tendência para os actos ilícitos está no sangue desta família...
Eu trabalho 7 horas por dia, 5 dias por semana e já acho que tenho pouco tempo livre. Não consigo imaginar como é que alguém, já com reforma do exército daqui e de acolá, ainda acumula cargos de presidente de camâra municipal, da Liga, de Metro do Porto e sei lá mais o quê , ainda pode achar que faz um bom trabalho!
Acumulação de tachos RIDÍCULA! Ninguém tem disponibilidade para ocupar tantos cargos ao mesmo tempo se não for apenas para receber um chorudo salário à conta dos mesmos sem ter de prestar trabalho ou contas. É impossível!
Mas pelos vistos, este sr deve ser mágico! Porque além de toda essa acumulação de trabalho (leia-se apenas CARGOS) ainda tem tempo para as falcatruas, desvios de dinheiro e etc...
Há-de explicar-nos o truque...
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